A garota que desbravou o mundo

Em cantos escondidos e doces a pequena esta.

Mas não pense que ela é mole.

Aquele olhar inocente.

Aquela vontade de dar a volta ao mundo.

Quando adolescente viu seu avô

Pela ultima vez.

Um presente ele deixou para sua neta querida.

Uma espada antiga e muitas historias.

Ela se sentiu na obrigação de continuar.

Ela estava pronta para caminhar sem rumo.

Assim como seu avô fez.

E contava com orgulho de suas aventuras...

Ela queria aventura,

É coisa do sangue,

A vida comum estava deixando ela triste,

Sua mãe quase teve um infarto...

Mas o que disser?

Puxou ao avô,

Com algumas lágrimas,

E um frio na barriga ela foi...

Aqui esta ela caminhando como seu avô,

É filosofia barata, mas é legal,

Para onde?

Ninguém sabe...

A noite pode esconder perigos,

Para garota linda como ela por ai,

Mas ela não é tola,

Tem a espada do avô...

No meio da noite ela luta,

Maneja a espada com graça,

O avô teria ficado orgulhoso,

Seu olhar...

O dia amanhece,

E ela esta por ai, em sua jornada,

Feliz como nunca antes,

Triste por lembrar que o avô se foi,

Mas talvez ele a esteja vendo de algum lugar...

No meio do deserto ela caminha,

Um antigo mal a encontra,

O velho demônio reconhece a espada...

Então uma das lutas mais épicas começa,

Com direito a cenas de cinema,

Realmente ela é forte,

Assim ela se sente bem...

A doce garota cresceu sem perder o açúcar,

E ganhou uma força especial,

Isso lembra o avô dela,

Teimosa e curiosa...

Agora ela luta com um demônio,

Com a lamina perto de furar o pescoço,

O demônio olha nos olhos da garota,

Lembra-se de um oponente formidável...

O próprio demônio disse que ela é uma excelente guerreira,

Ele disse que nesse mesmo lugar,

Perdeu para seu avô,

Com um olhar triste ela disse que ele havia falecido,

Então o velho demônio chorou...

Mas olhando para o céu,

E caminhando,

Ela continuou,

Para uma terra distante...

Onde estranhas maquinas,

Chamadas zepelins,

Cortavam o céu,

Tudo era lindo...

Ate um Deus que dizia ser dono do céu,

Ficar furioso com a ambição do homem,

E lá estava ela, de espada em punho,

E a cidade amou a jovem garota...

Um breve amor ela teve,

Sem virar a cabeça de vez,

Era um rapaz de muitas ideias,

Gente boa...

O governo podre da cidade,

Queria que ele criasse maquinas de guerra,

Ela como um raio,

Desafiou toda a força da cidade...

Havia um velho triste,

Que morava de frente com o mar da fúria,

Com sua perna ferida,

Ele sonhava em navegar...

Mas por não se curvar ao Deus do mar,

Foi castigado,

Isso mudou quando ela chegou,

Seu sorriso...

O velho se lembrou de onde viu isso,

Sim, era o mesmo sorriso daquele rapaz,

O velho conheceu seu avô,

Momentos de lagrimas a parte...

O velho achou incrível o que ela fazia,

Refazer os passos do avô,

Ajudando pessoas,

Isso é de bom coração...

Enfim, em uma noite,

Ela embarcou sozinha no mar da fúria,

Xingando o Deus do mar,

Então ele veio...

Reconheceu a espada de outras historias,

Tentou e tentou,

Não havia como,

A garota é muito forte...

Hoje, faz dez anos.

E eu posso navegar como sempre quis,

Estou mais velho,

E ela ainda esta por ai,

Como seu avô faria...

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 23/10/2016
Código do texto: T5800727
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