O Mar das Frustrações
Este é um mar de águas negras
Onde não há peixes, nem sereias
Mas somente monstros e tristezas
Onde a solidão é o capitão
Ela busca sair da correnteza
Em que está imersa a tripulação
Nestas águas de ilusão
Neste triste fim de mundo
Parece não chegar ao fim a tempestade
Que apavora aos covardes
E deixa inquieta as almas pequenas
(E só aumenta a correnteza)
Os beatos ainda esperam o sol raiar
Por mais que pareça mui tardar
Essa letargia faz esmorecer
Até os que tinham animo de viver
A viagem é tão longa
Que até pegam no sono
Para fazerem algo de bom
Precisam sair do navio sãos
E quando, enfim, ao destino chegarem
Talvez não seja muito tarde
Não seja a noite tão escura
E a esperança, então, ressurja