O trem
Vai o trilho engolindo o trem
Ou o trem engolindo o trilho
Enquanto o verde da mata desmaia
Sumindo também o amarelo do trigo
"Estou sob o céu cinza chapado"
Escreve a poetiza à chorar
No seu mundinho de concreto
Onde o lápis é um vagão à descarrilar
E até o próximo sorriso
Onde as cores voltarão aos poucos
Tentará ela manter-se firme
Enxergando a linha entre o gênio e o louco