Vendada
Perguntas na garganta engasgada
Respostas voam alto com pares de asas.
Baú vazio, sentimento frio;
Baú abarrotado, precisando ser esvaziado.
Quem não tem luz própria
Teme caminhar no escuro
Na bifurcação, a dúvida:
O surreal ou o absurdo?
Rótulos inversos, placas contrárias
É a venda nos olhos
Que rotula errado, confunde e atrapalha
Mente no passado
Traumas não superados
Coração confuso, perdido, trincado
Cacos espalhados por todos os lados
Não, não são cacos, são peças
Peças de um quebra cabeça
Tenta montá-lo, quer e precisa
Peças faltam, que tristeza
Não sabe a imagem,e as peças faltando
Nas viagens, na bagagem
Foram se extraviando.
Cai a venda dos olhos
Não sabe o que procurar
As lições da vida
Te freiam para pensar
Então vê, algo que não sabia
Que estava ali todo o tempo
Apenas você não percebia
Vem algo de para quedas
Caindo na sua vida
Peças começam a surgir
Daqui e dali faltam algumas ainda
Paciência é necessária
Como a lua espera o sol se por
Enquanto isso sente-se só
Só tem com você o amor e a dor
De valor, de valor
É apenas disso que precisa
A dor para o aprendizado
O amor para seguir a vida.