Caos

Quietude e solidão

Num deserto sem areia,

Num deserto cheio de cabeças,

Braços e pernas.

Sobrevivo diariamente ao caos!

Sinta...inspire.

Ponha para dentro

Esse cheiro de destruição

Ouça...

Não existe mais silêncio.

Aqueles barulhos assustadores

Ainda estão dentro da minha

cabeça.

Como onomatopéias inifinitas,

Como tristes melodias,

Ainda ouço gritos de desespero.

Ganidos, choros de medo,

De terror, de desespero.

Sinta...inspire.

Saboreie ardentemente

Esse cheiro de sangue.

Ouça...

São passos pesados

Se esconda!

São eles novamente

Querem nos pegar!

Silencie o choro,

Finja-se de morto.

Eu sobrevivi ao caos.

Até quando?

Espero silenciosamente

Para me juntar ao deserto.

Ursel Schwartzinger
Enviado por Ursel Schwartzinger em 25/07/2007
Código do texto: T579398
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