Caos
Quietude e solidão
Num deserto sem areia,
Num deserto cheio de cabeças,
Braços e pernas.
Sobrevivo diariamente ao caos!
Sinta...inspire.
Ponha para dentro
Esse cheiro de destruição
Ouça...
Não existe mais silêncio.
Aqueles barulhos assustadores
Ainda estão dentro da minha
cabeça.
Como onomatopéias inifinitas,
Como tristes melodias,
Ainda ouço gritos de desespero.
Ganidos, choros de medo,
De terror, de desespero.
Sinta...inspire.
Saboreie ardentemente
Esse cheiro de sangue.
Ouça...
São passos pesados
Se esconda!
São eles novamente
Querem nos pegar!
Silencie o choro,
Finja-se de morto.
Eu sobrevivi ao caos.
Até quando?
Espero silenciosamente
Para me juntar ao deserto.