Criatura

Maquiavélico inconstante

É assim que por ele vê

Lúgubre ser de outrora.

Aos olhos do mundo ninguém crê.

Poderoso exonerado

Usurpado de seu trono

Sem chance de gritar

Com remorso e abandono

Se assim é sua imagem

Doce sal do entardecer

Refletida no oceano

De um novo amanhecer

Idôneo intrínseco do velho mundo

A tona surge a personalidade

Desta rara criatura

Que no peito é só maldade.

Vem a Terra com furor.

Algoz de face fúnebre

Em busca de almas

Seguidoras do Pecador.