Monologo para crianças
Vivo num mundo avarento, violento e cruel
Sou um dos viventes solitários sem crença
Não tenho clemência
Apresento-lhes um orbe de bárbaros
_Que arrancam filhos do ventre das mães
Trago-lhes um planeta de loucos
_Que presenteiam as crianças com bombas e destroem seus lares
Sou um dos entes indecentes
_Que comercializam crianças nas redes sociais
Estou Incluso entre os inescrupulosos
_Que criam crianças para desmanches, revendem fígados, rins, corações, olhos... São entregues como peças de automóveis na distribuição
Encerro dentro de mim um animal sem remissão
_Que expulsa de suas casas as crianças indefesas, famintas, carentes, e, as faço navegar em alto mar e sentirem a morte chegar
Comigo coexiste uma criatura mesquinha
_Que seqüestra, apavora em tenra idade buscando a satisfação egoísta do eu e financeira, anseio rápido do dinheiro
Sou um Indivíduo nojento
_Exploro, violento e mato menores sem pudor
Caso com crianças
_Roubo-lhes a infância e destruo suas adolescências e existências
Sou um daqueles padrastos
_Que marginaliza os filhos da companheira e os humilho
Sou daqueles indivíduos
_Que distingue raça e cor nas crianças, por que não, bem como considero as que estão bem vestidas e as coloco em primeiro lugar na fila
Como isso é um teatro vou finalizar o espetáculo, por que tudo termina e tem um fim
-Vivo num mundo de luxuria, vaidade, onde ter é interessante para o status quo ,
Ou seja, o estado de antes, antes da guerra; alias um grande duelo que travo com meu eu interno e exterior, a persistir neste cenário inóspito para as crianças nem terei mais show
Crianças do meu tempo
_Infelizmente, querendo ou não este planeta avarento, violento e cruel é o que passo sem graça e peço perdão.