Estou triste.
Triste, não por mim.
Triste por não mais o meu lá fora
(onde quer que eu esteja)
ser extensão do que eu viva.
Por isso, toque para mim violino e piano,
e oboé também,
não se demore.
Passo por uma rua ocupada
por um luar
que parece os tantos de outrora...
mas já não sou quem (ali ) que de alegria, chora.
Não sou eu quem anda e procura
e escreve, no silêncio da Hora vazia,
as angústias das pedras
madrepérolas
enxertando a poesia.
As pedras estão frias, pois a noite
não está morna,
e o meu coração lacrimeja,
de alegria ou de tristeza, ao sentir
que não sou eu quem (em algum lugar) ainda ri do que chora.
Toque para mim violoncelo,
concertina, celesta, trombone
e flauta,
antes que as sombras se tornem uma só estrada.
Toque pífano, ocarina, bandoneon,
e um pouco de acordeão,
que tudo cabe em meu coração
que, sem saber porquê,
a tudo ama e adora,
mas não sou eu quem vibra a corda do berimbal
que ao longe chora.
Triste, não por mim.
Triste por não mais o meu lá fora
(onde quer que eu esteja)
ser extensão do que eu viva.
Por isso, toque para mim violino e piano,
e oboé também,
não se demore.
Passo por uma rua ocupada
por um luar
que parece os tantos de outrora...
mas já não sou quem (ali ) que de alegria, chora.
Não sou eu quem anda e procura
e escreve, no silêncio da Hora vazia,
as angústias das pedras
madrepérolas
enxertando a poesia.
As pedras estão frias, pois a noite
não está morna,
e o meu coração lacrimeja,
de alegria ou de tristeza, ao sentir
que não sou eu quem (em algum lugar) ainda ri do que chora.
Toque para mim violoncelo,
concertina, celesta, trombone
e flauta,
antes que as sombras se tornem uma só estrada.
Toque pífano, ocarina, bandoneon,
e um pouco de acordeão,
que tudo cabe em meu coração
que, sem saber porquê,
a tudo ama e adora,
mas não sou eu quem vibra a corda do berimbal
que ao longe chora.