Não me ofereça porções de infinitos,
não me ofereça todas as rosas do mundo.
Que faria eu com infinitos se mal me cabe
o breve instante em que nada faço?
De que me valeria uma imensidão de rosas
se um ramo seco me espreme entre o que
ando e me entristece?
Se quiser me oferecer algo,
que seja o silêncio nas dádivas naturais,
como o sol a alimentar uma infinidade de coisas
sem sabê-lo;
isso, o coração a transbordar
um mundo de rosas nas mínimas leiras do olhar.