MARGARIDAS AMARELAS

Fico da varanda na cadeira de balanço

Observado a pintura dos pequenos sóis

Do meu plácido e majestoso jardim.

Meus sóis simétricos não são os girassóis,

Mas as pequenas margaridas amarelas,

Que serenas desabrocham no ranger

Do balançar da minha cadeira velha.

As formigas fazem passeata diante delas,

Belas margaridas amarelas de sol e farol,

As quais, eu também vejo da minha janela.

O crepúsculo chega e o dia leve se encerra

No jardim, entretanto é dia, pois as margaridas

Sempre amarelas jamais se põem no horizonte,

Na noite fechada e escura brilham as margaridas

Como pequenos sóis de alma nobre, fazendo

Doce inveja na lua e nos tímidos vaga-lumes.

15/07/2016.