Irreal
Ela é a rainha do mundo
Na escuridão dele me escondo
Sou a fugitiva de tudo
Minha vida ela quer ceifar
Enquanto em sono profundo
Meus sentimentos estou expondo
Uso o sonho como escudo
E não consigo acordar
Pessoas ao meu redor junto
Elas não sabem que é um sonho
Mas também não sei, contudo
Onde a história vai chegar
Sobre a cidade voo
Parece uma miniatura
Fugindo dos olhares dela
Ela, que quer me matar
No fim, não sei se morro
Mas findará essa tortura
Como presa em uma cela
Não conseguia respirar
E não importa o quanto corro
Ela está em eterna procura
Esse mundo em si encerra
A liberdade de livre andar
A peça principal do jogo
O preto em meio à brancura
O fim que sempre erra
O final que deve encerrar
E no mundo há um moço
Que me protege e a mim jura
Prisioneiro ele era
Mas era livre para pensar
E chegando ao fundo do poço
Vejo o céu e a água pura
Sinto sob meus pés a terra
E o frescor, o silêncio, o ar
Na escada me escondo
Quando ela sobe e me procura
Mil pessoas atrás da fera
E espero ela passar
Eis que ouve um estrondo
Erro meu, minha loucura
Voo, e pelas costas me acerta uma flecha
Morrerei, então, para enfim acordar