SELFIE-A FOTO-SÍNTESE
SELFIE, A FOTO-SÍNTESE
Ela está estática dentro da sua redoma, das suas verdades herméticas, estéticas.
Ela está escondida dentro de si, como a única pérola,
Como Narciso e o reflexo.
Canta e encanta sem público,
Chora as mágoas sem fim à capella,
Porque ninguém a entende
Nem compartilha o que sente
E nem interessa saber por que também ela
Está estática dentro da sua redoma, das suas verdades herméticas, estéticas
Ela está escondida dentro de si, como a única pérola,
Como Narciso e o reflexo.
Canta e encanta sem público
Chora as mágoas sem fim à capella,
Num curto circuito perdido
No labirinto da própria cela.
Até que no auge do claustro,
Tenta fazer a sua foto-síntese:
Um selfie atônito
Anacrônico
E o ar com um surto lacônico
se transforma em gás carbônico
Com a intenção de que tudo se finde.
Mas um instinto de sobrevivência
Faz tudo explodir num grito
Quase um último suspiro
Quebra a redoma de vidro.
**********************************************************SELFIE, A FOTO-SÍNTESE
Ela está estática dentro da sua redoma, das suas verdades herméticas, estéticas.
Ela está escondida dentro de si, como a única pérola,
Como Narciso e o reflexo.
Canta e encanta sem público,
Chora as mágoas sem fim à capella,
Porque ninguém a entende
Nem compartilha o que sente
E nem interessa saber por que também ela
Está estática dentro da sua redoma, das suas verdades herméticas, estéticas
Ela está escondida dentro de si, como a única pérola,
Como Narciso e o reflexo.
Canta e encanta sem público
Chora as mágoas sem fim à capella,
Num curto circuito perdido
No labirinto da própria cela.
Até que no auge do claustro,
Tenta fazer a sua foto-síntese:
Um selfie atônito
Anacrônico
E o ar com um surto lacônico
se transforma em gás carbônico
Com a intenção de que tudo se finde.
Mas um instinto de sobrevivência
Faz tudo explodir num grito
Quase um último suspiro
Quebra a redoma de vidro.
Sou compositora e produtora musical de MPB e música eletrônica, também contista e romancista nas linhas do terror, terrir e surreal.
Acredito, que num mundo tão pseudo-mastigado e pseudo-objetivo, as metáforas tendem a ser caçadas como Poquemóns rs