A sensação de estar entre nevoeiros
faz-me imaginar que há mais ou menos
coisas ao redor do que pode não haver.
Vejo a noite entrar e me lembro que há pouco era dia,
era dia como sempre houveram dias,
mas nunca a noite entrara
tão vestida de si mesma,
tão extensamente real,
tão lúcida que me percebo brumas
entre nevoeiros;
tão exata que lança manhãs como
sombras de si mesma.
Ainda vibra um azul em minha pele ensebada de escuridões.
Vejo a noite entrar
e me lembro que há pouco era dia,
era dia como sempre houveram dias,
mas nunca a noite entrara
tão vestida de si mesma,
tão extensamente real,
tão lúcida que me percebo brumas
entre nevoeiros;
tão exata que lança manhãs como
sombras de si mesma.
Ainda vibra algum azul em minha pele ensebada de escuridões.
* ``