Surreal mente
Bota um pouco de dor na agonia,
bota um pouco de cal na argamassa
e verás que a dor às vezes passa
como um verso sem cor ou poesia.
Bota um pouco de fel na tua graça,
bota um pouco de mel na cara feia
e terás que provar da dor alheia
como um ai mutilado da desgraça.
Bota um pouco de sal na tua veia,
bota um pouco de noite no teu dia
e verás como dói a poesia,
quando mingua ao sabor da lua cheia.
Bota um pouco de ti na tua cria,
bota um pouco da cria no teu leito
e verás que o amor bate no peito
como a cruz no pescoço de Maria.
Bota um pouco de ordem no defeito,
bota um pouco de ti na contramão
e verás que o trigo faz do pão
a antítese mor do preconceito.
Bota um pouco de outrem no teu jeito
e terás algo mais no coração.
Bota um pouco de dor na agonia,
bota um pouco de cal na argamassa
e verás que a dor às vezes passa
como um verso sem cor ou poesia.
Bota um pouco de fel na tua graça,
bota um pouco de mel na cara feia
e terás que provar da dor alheia
como um ai mutilado da desgraça.
Bota um pouco de sal na tua veia,
bota um pouco de noite no teu dia
e verás como dói a poesia,
quando mingua ao sabor da lua cheia.
Bota um pouco de ti na tua cria,
bota um pouco da cria no teu leito
e verás que o amor bate no peito
como a cruz no pescoço de Maria.
Bota um pouco de ordem no defeito,
bota um pouco de ti na contramão
e verás que o trigo faz do pão
a antítese mor do preconceito.
Bota um pouco de outrem no teu jeito
e terás algo mais no coração.