Delírio
Quando pude, enfim, findar,
acudi a vela passageira;
cantei à morte e velei a torre.
Pude, enfim, arder,
como fogo que brilha,
e a vela insulsa,
nos olhos postos a mirar.
Soprei as faíscas delirantes;
prontas a sugar a mais tenra face,
em mirante sono.
Dum zéfiro consolante,
ressurgido da paz,
mas em sono delirante,
mirando,
como a morte
cantei e, velei a torre.
***
São Paulo,
04 de setembro de 2007
*Poesia branca.