Mar/Noite
O dia vestiu-se cedo de euforias
A moça pela estrada calada se ia
Então ouviu gemer o mar lá longe
E foi de manso ouvir sua triste lamúria
O céu estava tão vivo entre seus braços
Havia canteiros todos em flor debruçados
E de onde vinha a agonia que o mar sentia
Pois eram tantos felizes, apenas ele não via
Tempo correndo, entardecer entrou e saiu
Chegou-se pertinho a noite carinhosa
E com ela algum desafio
Ela foi consolar o mar, suavizar seu sofrer
E algum tempo passou
Depois de uma boa conversa, se entenderam então
O mar voltou a sorrir e brincava de esconde com a noite
Nada mais importava a não ser a amizade que os unia!