Dói-me ruminar os abismos do meu olhar.
Faço-me inverso dos clarões que dão norte
a  estradeiros perdidos;
espalho-me em trevas,
ascendo-me em sombras
de lumes que bóiam secos em olhares iludíveis.
Dói-me apagar os lumes estradeiros,
dói-me ruminar os despropósitos desse apagamento;
a dor me crava mais um mirar abismal
à estrada carregada de lumes corriqueiros.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 04/08/2016
Código do texto: T5718525
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