MEDO DE SENTIR MEDO...

Cá sentada neste trono gigante
Observo a esmo o meu olhar pensante
Absorvo uma melancolia, olhar distante...
Expio as penas sob o inferno de Dante

 
Percebo o cheiro do medo a distância
A vida torna-se fútil, sem importância
Falta-me a coragem, a fé e vigilância
Para afastar-me desta tal circunstância

Medo absoluto, absurdo medo do medo
Eis que, de braços acorrentados, retrocedo
À tudo o que me diz por direito, brinquedo
Me faço diante do medo, sou seu enredo...

Alimentado pelo seu ego torpe e displicente
Cada vez mais afundo neste mar silente
Alma perduro sob os escombros doente
Alma luto. Por Deus rogo, u' amparo urgente...


17/07/2016
Ilustração: Google
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 17/07/2016
Reeditado em 17/07/2016
Código do texto: T5700862
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