DISTORÇÃO

Fui balançando com o vento

E acabei adormecendo com a suavidade

No sonho meus olhos viam

Juntava as imagens

Fui do chão ao alto

Montando um quebra-cabeça

Passava tons misturados

Um enxame de belezas

Fui numa aquarela de um cotidiano

Tatuado numa tela

As cores tinham vidas

Gritavam de uma cela

Fui contemplando

A vidraça perder a graça

Se embaçava com os suspiros

Daqueles que perdiam a fala

Fui e cheguei

No momento que despertei

Tirei os chinelos

E então mergulhei

ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 14/07/2016
Reeditado em 14/07/2016
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