Como eu o amo?
Assim como Pablo Neruda
na ausência de porquês e explicações.
Sentimento assim como Buda
num mundo de provas e expiações!
Dentro dessa teoria dos sistemas
sinto teu ser inconstante,
mutável, dentro dos versos e poemas...
Nas palavras da mente viajante...
Assim nas minhas divagações,
escritas em loucas metáforas...
Confundem-se as emoções
no fogo central de Pitágoras!
O sinto sendo ou não poeta,
ser vivo, louco e incerto...
sem definida meta,
vejo cor no teu deserto.
É neste holístico universo,
neste mundo cibernético
onde estamos submersos
perdidos no centro magnético...
é assim...
Que eu o amo.
(Janaina C. Fanderuff)