padma
nado extremado é o peito em avesso
do pulso do rio o salto cardíaco
delineio poemas
onde tua palavra toca
profundo é o escorrer para dentro
nascendo minuto a minuto com sede febril nas veias
desafio as espumas a sondar o insondável
vestes de luz em minhas nadadeiras
espreitam as nuances das retinas
haja fôlego para conter os ânimos
haja mantras e cantos devocionais
vou colocar Vishnu na dianteira
transforma-me em algo alado
porque do nado eu fujo