Hárpia

Hárpia

Eras a mulher sedutora,

Sensual, arrebatadora,

De mim, esvaído de vida,

Qual paixão - obsessão - perdida,

Nessas melodias eternas,

Tão suaves, doces, tão ternas.

Eras mulher satisfação,

Amante de pura paixão,

Montada em escravo dorso.

Amesquinhado de remorso

Jazo perante ti, raptora

Homenageando-te, senhora.

Pobre espírito meu morto

Sem eira, nem beira, sem porto…

Harpia eterna viciosa,

Cruel tirana. Desditosa.

De cantos de maldição

Distorcidos, vis de traição.

E se vida ouso, grasnidos!

Se correntes quebro, bramidos!

Se imploro, lancinantes lamentos!

Se fujo, lanças excrementos!

Tombo, pelo peso, doente,

Danças, sobre o corpo jazente.

E a ti, harpias se juntam,

E meus sentidos defuntam,

Se lançam voos rapinantes,

Aladas, posições rampantes,

Sobre quem ouse socorro…

Não meu anjo! Não vivo… Morro!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 22/06/2016
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