criando medos, criatura e criação

Anos e anos construí um castelo de palavras

Tentava ouvir o que eu dizia para mim mesmo

Igual a escritores que traçam suas palavras

Encontra-me à deriva, um poeta sem inspiração

Pobre poeta.

No frio gélido do meu castelo sozinho, uma alma só

me coloquei a vagar nos pensamentos...

Em cada estrofe uma verdade, uma vida de enganos

E a resposta é que me escondi em meu próprio medo.

Nesse silencio a certeza de estar só entre multidões

Em cada canto desse castelo uma nova porta

Em todas elas o que criei foi o maior dos labirintos

Onde a cada curva nebulosa me leva a conhecer

A dimensão dessa criação...

Pobre poeta criou em torno de si...

A mais absurda...Solidão.