Indagações
É estranho deixar palavras numa caixa,
sentimentos em cápsulas do tempo,
versejando no movimento da vida,
ondas polulando num mar de angústias,
desatino de dor e amor, querendo apenas saber,
quando virá o próximo correio?
É difícil equilibrar-se nesse arame que sustenta a existência,
intensidades contidas na vertigem da altura,
cobrando asas de um anjo caído,
vôos em queda livre na temperança do sofrimento,
resignação de má vontade, querendo apenas saber,
quem abrirá meu paraquedas?
É tolice esperar pelo capítulo de amanhã,
sopros investidos em cortinas de fumaça,
incendiando memórias de um passado-presente,
labaredas ardendo em brasas eternas,
divagação em delírios zombateiros, querendo apenas saber,
qual será a mensagem do biscoito da sorte chinês?