Abjuro
Olho perplexa
Paro o meu reflexo na lama,
É a imagem de um deus
Tremulando
Pulsando em meu peito ateu
Sem meu eu.
Então eu me procuro
No claro, no escuro,
E lá estou eu na lama,
No monturo.
Abjuro-me
A rabiscar poemas obscuros,
Coisas sem futuro
De quem não consegue pular o muro.