Caminhos de um peregrino

Vou...

para onde minha verdade vai

dentro de mim mesma,

em busca da paz.

As águas entendem as areias,

mas eu não mais compreendo

a linguagem dos cântaros,

os respiros das veias.

Carnações de aurora

fogem ao meu entendimento

ao meu olhar,

e todo um reino de luar

que cultivei na memória.

Vou...

renascida dos abismos,

persistente sobre todos os cismos,

nos espelhos fragmentada

a minha história.

Febril já é o vale

com esse anoitecer.

As ervas das colinas tremem,

os estribilhos se recolhem.

O sol se entrega,

mas não morre.

(Direitos autorais reservados – Lei 9.610 de 19.02.98)

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Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 09/07/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T558339
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