NA MADRUGADA
no silêncio da madrugada
ouço o som das lembranças
me (re) vejo ainda criança
passos curtos, imaginação solta
ao descer pé ante pé
os degraus da escada
escuto o ruído do vento
castigando as vigas de aço
lembram açoites doloridos
que resultam em gemidos
atravesso extenso corredor
caminho até a antiga poltrona
sentou-me e sorvo gole a gole
a água, e a saudade que chega,
de soslaio os rostos das fotos
me espiam
os vidros das janelas estalam
causando-me arrepios
é noite de lua cheia
hora adiantada da madrugada
fantasmas desalmados escapam
e juntam-se aos meus,
momento de desagasalhar os sonhos
e viver horríveis pesadelos
e tirintar de receio
(Imagem: Lenapena)
no silêncio da madrugada
ouço o som das lembranças
me (re) vejo ainda criança
passos curtos, imaginação solta
ao descer pé ante pé
os degraus da escada
escuto o ruído do vento
castigando as vigas de aço
lembram açoites doloridos
que resultam em gemidos
atravesso extenso corredor
caminho até a antiga poltrona
sentou-me e sorvo gole a gole
a água, e a saudade que chega,
de soslaio os rostos das fotos
me espiam
os vidros das janelas estalam
causando-me arrepios
é noite de lua cheia
hora adiantada da madrugada
fantasmas desalmados escapam
e juntam-se aos meus,
momento de desagasalhar os sonhos
e viver horríveis pesadelos
e tirintar de receio
(Imagem: Lenapena)