SENTENÇA DE MORTE
Cabeça decepada
guilhotinada!
separada a cabeça
do corpo
restam ambos
agora inúteis
sem corpo a cabeça
emudece a boca
vidra os olhos
entope os ouvidos
de areia
Sem cabeça
o corpo é nau sem leme
velha carcassa de beira de estrada
O que são braços
sem mãos
pernas decepadas?
Nossos pedaços
peças irreconhecíveis
e a alma
se perdeu
no fragor do embate
separada a cabeça do corpo
pela tua sentença de morte
Guilhotinada...
Fria é a lâmina do teu verso
que me esquartejou!