Uma voz ao meu ouvido

Voz que sussurra ao meu ouvido

Dia, noite, noite, dia, a todo o momento

Que não se cala diante do lamento

De um pobre, de um pobre perdido.

Voz que meus tímpanos recusam suportar,

Oriunda da bocarra de um Adamastor gigante

Qual aquele que em alto mar o navegante

De Vasco da Gama tentou afundar

Voz que chega assim sem me pedir,

Meus ouvidos recusam te ouvir

Se o que dizes fazem profanar.

Voz, aqui não mais me apresente

De mim, quero-te bem ausente,

Pois o seu som é um montão de azar.

Daniel Pereira S
Enviado por Daniel Pereira S em 05/02/2016
Código do texto: T5534144
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