Estábulo
 
Minhas rédeas estão soltas
Porém não corro mais
Os prados já não são tão verdes
Acho que fiquei parado tempo demais
Condicionado
Acostumado aos espaços exíguos
À ração vitaminada
Ao abrigo seco e infeliz
 
Por pouco não entendo os outros
Ariscos gratuitamente em debandadas vãs
Reportam-me ao tempo de antes
Quando esperava ávido pelas manhãs
 
Mas não sirvo de exemplo
Seus destinos ainda terão que cava-los
Trilha-los
Com as viseiras num olhar direcionado à frente
Nem ouvir a mim, que hoje sou gente