Cousas na lousa

Vira e mexe... no fosso raso do Império

Baba e bigode do bobo-da-corte

Fulanos, falas, mulas e flâmulas

Baboseira, dons, balas-de-festim e batons

Palavras na partitura de arrimo

O prumo sem rumo

Cracas da concretude

Maracutaias e matagais ao betume

Não matais na praça do mameluco

Nem morras no concreto incorreto

Da masmorra invisível ao lustre

Ora, indo o índio indivisível...

Tantã, perna curta e tal, livre-arbítrio...

todavia, estigma dos tigres

um canibal na cumbuca pelo avesso

todo ao deleite verbo-hemorrágico

no azedume do leite...

Pois... leite urra

Leite atura

Leite... ura!!!

Lei

tu

ra...(s)

escorrendo dentre paredes

ladeiras, escadarias, subúrbios...

martelo infra subcutâneo dos crânios

nada de hilaridade na:

Lei turra dos enigmas

Leitura das urzes

Leitura dos kromos

Leitura das raízes

Lei turva das mortalhas

Leitura dos kronos

Oh! Palácio! Ó epitáfio às alturas!

Que seja dura-lei... agora

Na argamassa dos algarismos

Inda aforismo porta a fora

Na frota de ácaros no glossário

Ora, um menestrel arbitrário

Raízes da orquídea nos lares

Nenhuma lousa no armário

com batráquios dos bares

Cem vírgulas quartanárias...

...num quilate de quiliares

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 30/01/2016
Código do texto: T5527734
Classificação de conteúdo: seguro