Proscrito
 
Eu não existo
Sou um conto de um escritor medíocre
Afeito a histórias tristes
Porque não sabe nem criar finais felizes
 
Possuo a pecha do lugar comum
Que dentre mil roteiros não se sobressai nenhum
Sou resultado de um forçado apronto
Cujo o outro lado declinou do encontro
 
Sou o insano personagem
Que a ira dos críticos relegou sem ler
Ganho alguma vida vagando nas margens
Com a perseverança de algo acontecer