MARATONA DA EXISTÊNCIA

Passando ao passo eu laço o vento

Que sussurra nos seus ouvidos.

A relva inclina direcionando o rumo

Distanciando ao longe:

O sussurro já não se faz ouvido.

A relva apruma

Em direção as estrelas,

Distrai o sentido contido sem inspiração.

Dispersa o sensor

Que passa ao passo

Passando sempre laçando

Para nortear o novo rumo.

O espaço pirilampo

Enleva o palpitar suave

Da bolha cintilante.

Tênue célula

Envolve toda a matéria.

O levitar sem atrito,

Sem pressa,

Sem constrangimento

A perquirir o silêncio

Que silencia

Todo o invólucro que extasia.

Consciente e silente saboreia

O momento sem questionamento.

Estágio ao passo passando

Que leva ao longe!

Dormita o monge

Na sua viagem

Um passo a mais.

Atalir Ávila

Bhte,15/06/2010- 3:30 horas

Atalir Ávila
Enviado por Atalir Ávila em 31/12/2015
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