Voando com borboletas invisíveis
Meus pensamentos voam,
Fogem pela janela,
Desesperados.
Somem pelo tempo,
Num viés de amanhã,
Do amanhã,
Que não chega,
Apenas espia pela janela,
Depois se encolhe,
Junto as folhas mortas de outono,
Pode ser pelo frio da noite,
Que desaba sorrateira e sombria,
Ou pelo inverno que se avizinha.
Do outro lado da rua,
O sol ainda espia, sonolento,
Iluminando quase sem luz,
Os navegares de seres risíveis,
Enquanto eu viajo,
Nos vôos imaginários,
Das minhas borboletas invisíveis.