Ritos no infinito
 
Acho que invadi o espaço
Desmesurado que sou,
Nos alheios universos
Patrulhados, infestados
Por drones teleguiados
 
Inimaginável aparato
Infinitos argumentos
Fantástico escudos táticos
Novos, porém no estrelato
Das dimensões de momento
 
Inadvertidamente
Nesse meu voo inocente
Feri redes de proteção
Explorando sem noção
Territórios diferentes
 
Comandante pulsador
Fez dobra à navegação
Se encantou com o esplendor
Esqueceu do impulso, a dor
Inflou os seus quatro vãos
 
Agora no vácuo estelar
Sinais de ajuda, perdidos...
Frente a um posto invisível
Que parece impor castigo
Ao ato de aproximar 
 
A tripulação em vias
De motim dos próprios nervos
Leis, tratados que um dia
Jamais imaginaria
Seriam levado a termo
 
E agora, nave solta?
Que lhe vale a filosofia?
Usar a propulsão a ermo?
Dez mil voltas?
Criogenia?