O Martelo e a Foice
Acanhado, rondando por aí!
Tão deprimente exausto,
disso e daquilo.
Bom deus,
que sempre esteve aí,
cesse essa infeliz jornada.
Bom e velho deus,
que sempre esteve aí,
nos vendo dia e noite.
Cesse essa jornada,
de que nada vale mais a pena.
Se um dia, eu te amar novamente,
Saiba, que eu já dei mais do que posso,
esvaziei minha casa, dos móveis mais bonitos.
E se um dia, eu te amar novamente.
Saiba...
Eu dormi só por anos, e estive só por anos.
E esta noite negra, com suas flores e seu céu.
Não parece nada diferente de todas as outras.
A lágrima é tão amarga, quanto um tiro no coração.
A felicidade é tão escassa, que escorre pelas mãos.
A toda velocidade,
de onde eu realmente deveria estar.
Então bom deus,
cesse essa jornada,
que há nada tenho de dar a ninguém.
E por mérito vazio,
jogo essas flores de pétalas empoladas.
Pelas chamas que perduram,
pelas noites em que estive amando.
Alguém que não ama outro alguém...
E se um dia eu te amar novamente,
saiba que já lhe entreguei todo o tesouro que era meu,
E não há mais palavras belas, que eu deixei de te falar.
E se um dia eu te amar novamente,
saiba que o que fiz por nós,
já esgotou todas as minhas forças...
E você não me deve nada por isso,
Você não tem que abrir seus olhos vermelhos,
sangrando...
Eu queria ter o que era necessário,
para atrair a sua atenção.
Mas não tenho.
E se um dia você amar alguém verdadeiramente,
bem, esta é a sua vida.
E não a minha.
Céu, flores e um dia cinza como esse.
Ninguém mais se lembrará,
mas eu sei o que houve.
E você nunca saberá...