<TRILHOS>Sobras de ontem
Sobras de ontem
No ar, à fuligem do tédio sabatino,
as sobras das sombras de ontem...
Ando com o peito partido
ainda encharcado de lama.
As chuvas que antes caíram
foram insuficientes
pra lavarem a desventura,
mas rebrotaram em meu ser
traços sombrios do passado.
Não haverão mais mudanças
com a decrepitude dos sonhos
e a recessão já apagou
a força e a luz dos meus passos.
O que haverá no amanhã
sem a fuga do imaginário,
nos labirintos formados
com a morbidez por exaustão?