O SERVO PASTOR e os caçadores do rastro
O SERVO PASTOR
e os caçadores de rastro
Ele quis ir às montanhas
de lá o vento sopra
mais rápido
tem nuvens que espalham
o que tem empalham
como verdade secular
posso falar sobre as cores
da vida inteira
que passaram vendo
nos atrativos coléricos
dos reis e magos do oriente
falo sobre mentiras
que vivas
podem ser mais verdadeiras
falo da inocência perdida
do norte do sul
do oeste de areias ocre
das pestes trazidas
pelas águas férteis
de toda imundice
dos adoradores do consorte
que tem a primavera
nascendo no rosto
cuidado com as sementes
brotadas do que disser
nada será tão lindo
divertido
quando ele prometer
o que está proposto
nas ânsias marginais
do seu espírito
ele vê através das peles pálidas
das peles máscaras
vermelhas
das peles suspiros
do grito próximo do diabo
das sílabas de gosto
frequente ácido
quer comê-lo
como pão mastigado de fome
ele traz um nome parecido
com o nome de toda
estrela possuída de brilho
intenso
no inverno desce ao escuro
do submundo
dar comida aos vermes
que esperam
verão o que tem por queimar
quando ele voltar
quando você esquecer
que ficou a esperar
“por que recebeu monções de chuva
sobre as uvas “
bebeu vinha doce
de quem vinha
amarga de frio querendo amar
fez sexo com uma
criatura do bosque perdido
quando ouvidos tardios
ardidos de febre sintomática
não ouviam o lamento
gozaram rios salgados
de duas luas
depois nada mais viram...
MÚSICA PARA LER: The Wytches - Crying Clown