Outras horas...
Oh! cuco nefasto!
Vossas vestes de cetim
Esse tempo... esse badalo
de chumbo, repiques inúteis
Hora nula dentre dédalos?
Entretanto,
Arabescos, algazarra
Alfazema e algaravias
Faças chuva ou não faças
A odisseia
continua a mesma...
cada dia, novos guerreiros
novas carruagens
Trem-bala sem timoneiro
na rota dos colibris
Indo e vindo pêndulos
Pedras em desassossego
Cisnes negros e mulas
Sob olhares vesgos...
Lêmures às lamúrias
nesse concerto sem nexo
de cascavéis insones
Ah, dupla voz entre
chocalhos e ilusões
Donde em desatino
As aves de bronze
degustam as vísceras
dos abutres, de Orfeu
do Corifeu e de tudo