ILUSÕES
Aonde vais, eu te sigo lentamente
Com poesias, fragmentos sem fim...
Em minhas mãos, folhas amareladas,
Vagas e pálidas sombras de mim...
À meia luz, tal qual manto cinzento,
Adiantas-te, com teus olhos marejados;
Alma descrente, a ti me apego totalmente,
Água do tempo, frenesi intenso, oceânico...
Passo a passo, em ritmo profano,
Por sobre pedras desgastadas de abandono,
Onde as negras profundezas tudo escondem,
Ponho-me a sonhar antigos sonhos...
Um dia virei à tona, com um toque mágico,
Montada num corcel azul, quadriculado,
Um Pégasus marinho, transmutado,
Envolto em fortes ondas de infinito...