Ficção de vida
Minha vida, meu roteiro
Flui do gênero que escolhi
O gênero primeiro
O mesmo que, até então, reconheci
Vejo fatos, vejo flores
Os planto em vasos que vivi
Novas dores, novas cores
Mas por elas não decidi
"Do meu enredo não arredo"
Por que não levam meu "script" à frente?
Apago as luzes, a cena encerro
E nada finda, não é meu o "the end"
Todo humano é um ator
Despercebido, dramatiza sem parar
E eu, bobo, me pensava autor
Mas até hoje não o fui, nem mesmo sabia atuar