Na multidão...

Na multidão

Estranhos sorrisos

Carentes, eloquentes

Indecifráveis...

Na multidão

Corações alienados

Vagueantes

Sem destino, sem direção...

Na multidão

Faces maltratadas

Sorrindo diante de espelhos

Torpes enganadores...

Na multidão

Lágrimas tristes

Fazem transbordar

Cálices de frustrações...

Na multidão

Esquecidos são os nomes

Vultos e zumbis

Apenas imagens...

Na multidão

Um desfile de ilusões

Nas esquinas, nos jardins

Raramente brotam flores...

Na multidão

Olhares vazios se tocam

Mas não se notam

E passam ao redor...

Na multidão

Tem poesia e canção

Para sintetizar

A escrita do tempo...

Lucas Boavista
Enviado por Lucas Boavista em 02/11/2015
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