A condenação como um favor.

A seda confessa a proposta de um veneno:
"Atire no expurgado.
Essa proposta de homicídio
expirará em quinze gotas
."

No meio da sala vazia,
o refém catequizava
as ameaças do eco vazio:
"Se eu tiver que beber
livrai-me da culpa!
O anjo perpendicular
me revelou o seu destino...
"

-

Sua condenação se resumia
ao coração do tamanho de uma Barsa.
Não sabia de nada.
Jamais aprenderia nada.

(Diversão - Encontro - Sublimação. O sangue espirrava como um gêiser - eis a prova da natureza.)

§

O incesto do pai que achou possuir
serviu de inspiração em sua lápide tardia:
"Aqui jaz um serviçal incompreendido,
que não se adequou
ao próprio cativeiro.
"
-
Suadouro: a dedicatória permaneceu invisível.
Lainni de Paula
Enviado por Lainni de Paula em 31/10/2015
Reeditado em 31/10/2015
Código do texto: T5433134
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