Idioleto

Ó céus! híbridos cavalos

Descarrilados do céu

Sem asas nem cascos...

Que ébrio insolente

Nesse vácuo do Cáucaso?

Ó betumada lente!

Dentro do leme

A desnavegar a arca

Repleta de lêmures

Além disso, mui além

Baldes de barbicachos

Na desordem do harém

Embora não fosse

Filigrana do caos

À beira do calabouço

Vil linguagem...

Por sílabas sibilares

Na crosta da imagem

Pela gosma sem nexo

Na vênia da idiopatia

Inda tique-taque e índex

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 29/10/2015
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