Intrusos no Éden
Do paredão que separava
O deserto da cordilheira
Sobraram poucas telhas
Já das grandes fendas
Sai o Hominis-Noviço
Com todos os viços
Indiviso e desértico
Éramos de todo negro
Tu e Ele, Eu mais Ela
Regurgitados pela terra
Nas tetas das trevas
Eva na mesma era, cabisbaixa
Contudo, o gado orelhudo
Cara mascarada, vendo tudo!
Até os arrebóis do Atacama
Logo, minérios e mistérios
A balsa sob o caos mineral
Ferro, fogo e fuligens
Nobres Aforismos afora...
Poetas ao pó do mármore
Nessa corrida maluca
Da substância insigne
Afogada no subsolo do delírio
Desde então! Mané é Mané
Barão é Barão, tudo içado
Na mesma âncora aos cuidados
Do Éden das rosas-atômicas