Rosa-Choque
Ao vento, bem adiante de Dante
Jaz a rosa-atômica toda choque
Com sua língua de fora
Até parecia uma cousa morta
Lerdo engano, como se engana
O menestrel soberbo em dia de folga
Do mesmo modo parece um absurdo
Como São Jorge perdido na lua
Mas claro que o in-verso é obscuro!
Frente à claridade do ato
Do Sumo Patife na arte
De tirar da ágata, a gata
Nenhum desmerecimento
Ao polvo descabeludo
Mas isso tudo é verdade!
Não vejo graça nem me iludo...
Doravante o corifeu cabisbaixo
Nas veredas do Reino de-lirium
Procurando verdade no saco das mentiras
Qual o cântaro cheio de lótus e lírios?
Desta forma segue-se a trole
No carrossel pelos lajedos do Éden
Entre traças, Eva, maçã e meretrício