Rosa-Choque

Ao vento, bem adiante de Dante

Jaz a rosa-atômica toda choque

Com sua língua de fora

Até parecia uma cousa morta

Lerdo engano, como se engana

O menestrel soberbo em dia de folga

Do mesmo modo parece um absurdo

Como São Jorge perdido na lua

Mas claro que o in-verso é obscuro!

Frente à claridade do ato

Do Sumo Patife na arte

De tirar da ágata, a gata

Nenhum desmerecimento

Ao polvo descabeludo

Mas isso tudo é verdade!

Não vejo graça nem me iludo...

Doravante o corifeu cabisbaixo

Nas veredas do Reino de-lirium

Procurando verdade no saco das mentiras

Qual o cântaro cheio de lótus e lírios?

Desta forma segue-se a trole

No carrossel pelos lajedos do Éden

Entre traças, Eva, maçã e meretrício

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 20/10/2015
Reeditado em 21/10/2015
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