Mente Livre

Sucessões incompreensíveis de imagens,

Todas elas se agrupam na minha mente.

Isto faz-me deixar o meu próprio corpo,

Libertar-me de mim mesmo.

Ouço os sons que me desejam,

Hoje tudo me liberta.

Sinto-me leve,

Pairando sobre um universo pegajoso.

Consigo apenas ouvir o meu respirar,

Perdi a noção de onde estou,

Perdi a noção de quem sou.

Acha-me lá em cima,

Sendo livre, de tudo.

Deixando de ser um homem,

Sem direito de errar.

O que vejo?

Não sei, cores; muitas cores.

Cores infindáveis, indistinguíveis.

A visão é turva,

Tudo é tão confuso.

Depois de viver num eterno cativeiro,

Vejo a liberdade

E deixei-me levar.

Agora, a minha mente é livre.

Livre!

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 14/10/2015
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