SEASONS Almas Cadentes.
Fosses tu! Só uma estrela cadente
A vagar, errante, miríades pelas eras...
Perdida no espaço inconsequente
Miragens donde se extraem quimeras
Das mãos de Afrodite gotejante
Adornada Ísis em chamas magistrais
Acendendo em Eros a seta flamejante
Ardida no vácuo do destino e os anais
A manhã despertaria em novo dia
Ao transpor os umbrais as almas
Os equinócios, em um, converteria...
As estações em serenada calma.
Fosse apenas uma estrela perdida
Sem sua estirpe, órbita e destino,
Por certo sua luz inda que derradeira
Luziria a conjunção de nossa vida
E este jazigo nos tornaria um somente
Ao fenderes tu minha taciturna atmosfera
Penetraria fundo e abissal minha terra
E o Amor acolheria ao seio esta semente.
Dos casulos alvos em ingênua formosura
Dentre açucenas, lírios, crisântemos e jasmins!
Irromperiam borboletas fúlgidas, asas de ternura...
Voejando, multicores, o recital infinito dos jardins.