Sumo escravo!

Que tal,

Ver sobre o mar a terra fria,

qual catacumba, cheia de alegria, do luto do teu avesso?

Sem morte!

Que sorte tens para me ter sem que eu te queira?

Mormaça o meu olhar e o teu é quase rude.

Dói aos meus ouvidos o barulho de tua alma se quebrando

quando te improviso um beijo.

Um susto. Amei fazê-lo sem amor e à revelia

Porque minha liberdade é demonstrável

até quando me tens como teu mais puro objeto.

Devo permanecer teu escravo?

Bêbado, saio da festa e volto para casa.

Tu estás feliz de roupa nova e eu infeliz por não estar nu

sobre o mesmo mar que nos sustenta e afoga e afaga...

Decido olhar para o firmamento e vejo a lua

açucarada por estrelas quase nuas,

cheias dos pontos tristes da noite que nos traz de volta.

As últimas safras dos meus desejos são estranhas,

porque não me acompanhas na colheita de certa safra,

que alegre e livre me sai da alma.

Quando me quiseres um escravo mais decente, não mente,

devolve-me um pedaço da vida para que eu sinta

que estás mais para o céu do que para as estrelas.

Minha lua é ao mesmo tempo musa e morte!