O pesadelo de Euclides
Onde esse ônibus vai parar?
Espero que na beira do cais
Com a maré alta de águas nervosas
Onde tudo que reluzia não brilha mais
Eu passo por entre elefantes voadores
Das brilhantes cores do circo de horror
Brotam copos de café com leite
Eu sou o verbo livre amor
Sou luz que vem dos confins do universo
E chega a francesa na orbe de água
Tem vezes que pulo todas as janelas
Carrego comigo um barril de mágoas
Deitado a beira da salvação
Buracos se abrem em pleno ar
Escapam formigas com cabeças de leão
Surfam em nuvens e caem no mar.